AECCB: Agrupamento representa Portugal no Campus Unesco - Ação coletiva em prol do Oceano
14 / jun / 2022
o Dia Mundial dos Oceanos, celebrado a 8 de junho, o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco (AECCB) representou Portugal no Campus UNESCO: Ação coletiva em prol do Oceano. Os campus da UNESCO são conferências-debates durante os quais os jovens entre os 14 e os 18 anos, de escolas em todo o mundo, trocam pontos de vista com oradores, personalidades da UNESCO e a sociedade civil sobre temas relacionados com os mandatos da UNESCO. O tema deste ano, «Revitalização: Ação Coletiva para o Oceano», foi debatido com os estudantes de Angola, Brasil e Portugal. O debate desenvolveu-se a partir de duas grandes questões: “Uma abordagem holística do oceano: Por que estudá-lo? O que podemos aprender? O que estamos a fazer para o proteger e o que é que isso significa?”, apresentada e explorada por Michele Quesada da Silva, bióloga marinha e investigadora espacial marinha na Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (COI-UNESCO) e “A importância de uma GenOcean (Geração Oceano): para sensibilizar, desenvolver o conhecimento e inspirar os jovens a engajarem-se em ações de restauração e proteção do oceano. O que podemos fazer todos os dias para ajudar a preservar o oceano?”, explorada por Ronaldo Christofoletti, professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Os alunos do AECCB mostraram-se conscientes de que os jovens têm um papel muito importante e terão de ter uma voz e uma participação cada mais ativas na inversão do declínio da saúde do oceano. Assumindo o compromisso de, através da sua ação unir, esforços e congregar vozes no sentido de elevar o nível coletivo de ambição da nossa comunidade e da comunidade internacional sobre questões marinhas e ajudar a gerar compromissos tangíveis para proteger o oceano, reverter a sua saúde em declínio e apoiar um oceano saudável e sustentável. Os jovens alunos do AECCB reclamaram uma declaração política muito forte sobre o futuro da ação internacional e como os Estados-membros das Nações Unidas se vão articular mais e melhor para uma ação efetiva dos oceanos, compromissos mais claros sobre atingir as diferentes metas e alvos, que são sete, do Objetivo 14 relativo aos oceanos. O futuro do oceano tem de ser encontrado ao nível global, envolvendo todos os diferentes setores da sociedade. A urgência de se atuar para enfrentar os perigos do oceano é cada vez maior e exige a mobilização de esforços para travar a degradação dos mares e as ameaças ao ecossistema. O mundo tem de ser convocado à ação, os países têm de assumir de forma comprometida novos desafios e incentivar o desenvolvimento de parcerias nacionais e internacionais. Entidades intergovernamentais, instituições financeiras, sociedade civil, universidades, centros de desenvolvimento tecnológico, comunidades e setor privado têm de ser envolvidos colaborativamente. A falha na ação coletiva comprometerá tanto o alcance do ODS 14 - Proteger a vida marinha, como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Os porta-vozes de Portugal no Campus UNESCO: Ação coletiva em prol do Oceano, Álvaro Castro e Margarida Cunha, terminaram a sua intervenção agradecendo à UNESCO o desenvolvimento de iniciativas que aproximam jovens de vários cantos do mundo com diversos setores da sociedade civil por uma causa comum e o poder, voz e empoderamento que dão aos jovens, através da educação, da ciência e do desenvolvimento tecnológico para a construção de uma cidadania ativa, comprometida com o oceano, os povos e as suas culturas na busca de um desenvolvimento sustentável do planeta. Agradeceram também a Michele Quesada da Silva e a Ronaldo Christofoletti por incentivarem os jovens a cuidar do NOSSO oceano, que tem o poder de unir os quatro cantos do mundo e ser a casa de tanta biodiversidade. Só através da educação isto será possível! “A mudança começa em nós, jovens. Nós sentimos o peso da responsabilidade nas nossas mãos e estamos plenamente comprometidos em unirmos esforços de modo a preservar a saúde do nosso oceano. Porque como escreveu Fernando Pessoa, “Foi no mar que Deus espelhou o céu”.” Foi a mensagem deixada por Álvaro Castro e Margarida Cunha.