Câmara reabilita edifício histórico na cidade e cria Campus do Ensino Profissional e Artístico
09 / mar / 2017
O futuro e o desenvolvimento das cidades passa inevitavelmente pela reabilitação e valorização dos seus centros urbanos e pela formação dos seus recursos humanos. É com base nestas duas ideias que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai avançar para a aquisição do complexo industrial da antiga empresa de metalomecânica Cegonheira, localizado na zona urbana da cidade, e, em conjunto com a Artave - Escola Profissional Artística do Vale do Ave criar aí um Campus do Ensino Profissional e Artístico. A proposta para compra do edifício foi aprovada na reunião do executivo municipal desta semana, por unanimidade.
Com esta medida, o executivo municipal que tem vindo a apostar numa política de revalorização urbana, protegendo o património histórico citadino e apoiando investimentos de recuperação dos edifícios que fazem parte da memória famalicense, dá também um passo em frente na formação profissional e artística dos famalicenses.
Para a recuperação do antigo edifício da Cegonheira e a sua transformação num Campus do Ensino Profissional e Artístico, revigorando toda uma área rodeada por diversas escolas, o município conta para já com a parceria de duas instituições: a Artemave – entidade proprietária da Artave, e o Instituto de Formação Artística do Vale do Ave (Inforatis – entidade associada da Artave).
Por um lado, a autarquia pretende instalar ali o Centro Qualifica de Vila Nova de Famalicão (antigo CQEP),enquanto a Artave pretende construir instalações de raiz para a escola de música juntamente com o Instituto de Formação Artística do Vale do Ave.
As antigas instalações fabris situadas na Avenida Barão da Trovisqueira custam 850 mil euros, e serão pagas pelas três entidades, cabendo metade do valor total à autarquia, uma quarta parte para a Artemave e uma quarta parte para o Inforatis. As obras deverão iniciar-se logo que o processo da aquisição esteja concluído.
Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha "após consulta a várias instituições de ensino" estas duas "mostraram interesse e condições financeiras" para a aquisição de parte do edifício, em regime de copropriedade com o município.
De resto, segundo o autarca “esta é uma forma de dignificar e perpetuar a memória da Cegonheira, pela importância que teve no passado enquanto entidade empregadora e produtora”. Paulo Cunha explica ainda que a ideia é aproveitar a proximidade à zona escolar e chamar outras escolas profissionais a aproveitar o espaço.
Por outro lado, ao fazer este investimento público “é intenção da autarquia evitar que outros, nomeadamente projetos privados, tomem conta daquele espaço histórico para o concelho”, esclareceu. “É cada vez mais importante que os cidadãos mantenham com a sua cidade um relacionamento saudável, que os atraia e dinamize a cidade”. Só assim é possível construir uma “cidade melhor e uma vida melhor”, rematou Paulo Cunha.